FINAIS DE ANÁLISE
Aula de Ariel Bogochvol no Curso
para a Formação em Psicanálise

versão para imprimir

Foram enfocadas as questões relativas ao final de análise a partir do texto de Freud, “Análise Terminável e Interminável” e do livro “Como Terminam as Análises”, organizado pela AMP. O livro de 1994 pode ser considerado uma resposta ao artigo 1937.

Freud apresenta os vários obstáculos que dificultam ou impedem, quer a abreviação, quer o término de uma análise: transferência, a fantasia, o ganho com a doença, a reação terapêutica negativa, a culpabilidade, o rochedo da castração, a pulsão de morte.

O final de uma análise é, para Freud, um ideal difícil de ser cumprido. Ultrapassadas as ‘resistências’, qual o estado do sujeito no final de uma análise? A passagem da infelicidade neurótica à infelicidade comum? A criação de um novo estado psíquico?

Para Lacan, o final de análise implica em uma mutação subjetiva. Variaram, em sua obra, os termos que a assinalam: a fala verdadeira, travessia do fantasma, identificação ao sintoma, passagem de psicanalisante à psicanalista.

O livro da AMP traz uma investigação dos finais de análise conforme relatos do dispositivo do passe. Há discordâncias entre os cartéis do passe, mas convergem em assinalar modificações do sintoma, da economia do gozo, da relação com o saber, da relação com o amor. Convergem também em assinalar as variedades dos finais de análise.

Ariel Bogochvol