Ariel Bogochvol não é mais conselheiro da Escola Brasileira de Psicanálise
Visando a melhor lutar pela psicanálise, Ariel Bogochvol pediu demissão do Conselho da Escola Brasileira de Psicanálise esta semana. Em entrevista para a Rádio Lacaniana, o psiquiatra e psicanalista esclareceu ser contrário a uma política na qual os erros são sistematicamente jogados embaixo do tapete e as demandas não são legitimadas.
Lembrando a necessidade da psicanálise se articular com os demais discursos, Bogochvol explicou que o conflito que se desdobrou nos eventos que deram origem ao seu pedido de demissão foram originados pela recusa, por parte da EBP, de que Mayana Zatz pudesse assistir a apresentação de um trabalho do qual é co-autora.
A atitude de Ariel criou um inexplicável mutismo nos colegas psicanalistas que ocupam cargos importantes nas instituições psicanalíticas. Leonardo Gorostiza, Presidente da AMP- América, não retornou as ligações da equipe de redação. Por sua vez, Iordan Gurgel, atual presidente do Conselho da EBP, declarou que não iria se pronunciar enquanto não consultasse o Conselho.
Por julgar que manter a possibilidade de ação é fundamental para um psicanalista, Bogochvol afirmou que a demissão do conselho tornou-se imperativa. Minha presença legitimava ações com as quais não concordo, afirmou.
São Paulo, 28 de maio de 2008.
Escute a entrevista completa na Rádio Lacaniana.
Veja o depoimento no YouTube.
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